“Não sabendo que era impossível, foi lá e fez”.
Essa frase é perfeita para definir a Cidade Pedra Branca e seu fundador, Valério Gomes.
Localizada em Palhoça/SC, do lado da ilha de Florianópolis, a Pedra Branca é hoje o mais celebrado caso de sucesso do urbanismo brasileiro, tendo implementado as melhores técnicas internacionais.
As maiores referências internacionais de Cidades para pessoas (Gehl Architects), Novo urbanismo (DPZ) e Placemaking (PPS) trabalharam no projeto, além de diversos outros profissionais brasileiros de alto nível, como Juliana Castro no Streetscape e paisagem urbana.
Empresários e executivos do setor imobiliários, urbanistas e gestores públicos de todo o Brasil peregrinam para a Pedra Branca durante todo o ano para conhecer o que eles fizeram.
Um dos maiores legados que a Pedra Branca está nos brindando é exatamente a possibilidade de nós, brasileiros, podermos visitar no Brasil, em Palhoça, um empreendimento de sucesso que aplica as melhores práticas internacionais de urbanismo.
Isso tem gerado em todos que a visitam a percepção de que é, sim, possível ter bom urbanismo no Brasil, que ele é não só bom para a cidade e para as pessoas, mas também lucrativo para as empresas.
Antes da Pedra Branca, as referências eram todas internacionais e ficava sempre aquele sentimento de que esse tipo de coisa não daria certo no Brasil. Ela mostrou que sim, é possível.
Claro que na sua jornada o empreendimento teve muitas dificuldades, com uma grande curva de aprendizagem típica dos pioneiros. O Banco Espírito Santo, o maior de Portugal, era sócio do empreendimento e faliu. Enfrentaram a maior crise econômica e imobiliária do Brasil a partir de 2014. Isso sem contar as inúmeras lições aprendidas no desenvolvimento do empreendimento em si.
Também não ajudou o fato de não ter um acesso nobre e de não estar em um mercado pujante.
Mas apesar de todos esses percalços, a Pedra Branca venceu.
Como sempre digo, a diferença entre o visionário e o louco é o sucesso. Se der certo, é um visionário. Se der errado, é um louco. Felizmente, para ele e para o urbanismo brasileiro, Valério Gomes é hoje reconhecido como um visionário, tendo inclusive recebido o Prêmio Legado ADIT.
Mas o que é que Pedra Branca tem de tão especial que encanta a todos que a visitam?
São muitas coisas, mas em resumo, é poder dar um gostinho às pessoas de um ambiente urbano de qualidade, voltado para as pessoas, o que até então era raro encontrar no Brasil, pelo menos não nas cidades e empreendimentos construídos depois da década de 1950, todos baseados no urbanismo modernista, que prioriza o automóvel, impede as fachadas ativas, dificulta o uso misto e incentiva o zoneamento monofuncional.
Para você conhecer melhor a Pedra Branca, seguem alguns dados e fotos que ajudam a explicar melhor por que ela é tão admirada:
Pedra Branca em números
o 12.000 pessoas morando
o 8.000 pessoas trabalhando
o Mais de 50 operações instaladas e negócios funcionando
o 100.000 visitantes por mês
o Mais de 100 eventos por ano
o Área: mais de 400 hectares
o 250.000 m2 de área construída segundo os preceitos do Novo Urbanismo
o 1.000.000 m2: Potencial de área construída segundo os preceitos do Novo Urbanismo
É o empreendimento no Brasil mais fiel ao Novo urbanismo. Se de um lado isso é positivo, por outro lado gerou alguns desafios adicionais, já que o Novo Urbanismo precisa ter alguns dos aspectos tropicalizados e adaptados à realidade brasileira
É o lugar no Brasil mais avançado em relação à adoção dos conceitos de Placemaking e ativação do espaço público
Tem uma centralidade urbana
Tem uma diversidade de produtos como loteamento aberto, condomínio fechado, apartamentos de diversos tamanhos, escritórios, indústrias, comércio, serviços, universidade, escola.
Vista aérea da Cidade Pedra Branca
Vista aérea da centralidade urbana
Praça central com espelho d’água
Rua compartilhada que prioriza o pedestre
Carros estacionados em paralelo à rua gerando maior proteção aos pedestres na calçada
Árvores e canteiros protegendo os pedestres na calçada
Pátios internos nas quadras
Edifícios comerciais
Varandas internas do edifício corporativo
Térreo do edifício comercial aberto à calçada, com escritórios, salas de eventos e cafeteria
Bancos com as costas das pessoas protegidas
Marquises que protegem os pedestres do clima
Gentilezas urbanas
Apartamentos-jardim no térreo dos edifícios gerando fachada ativa e Olhos na rua. São os mais disputados do empreendimento, mesmo estando em ruas abertas.
Vários ambientes
Placemaking
Mais de 100 eventos por ano
Mais de 100 eventos por ano
Praça pública utilizada pelas crianças
Cooper ao redor do lago
Autor: Felipe Cavalcante
Contato: felipe@matx.com.br
Comments